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Lançamentos

Capa do álbum "Casa Guilhermina" de Ana Moura

Casa Guilhermina

Casa Guilhermina não é só – finalmente depois de tanto que aconteceu nos últimos dois anos – o novo álbum de uma artista que Portugal e o Mundo aprenderam a amar e aplaudir. Este é o primeiro álbum de uma renascida Ana Moura, artista plural, aberta ao futuro, consciente das diferentes tradições que a formaram, mas interessada em explorar o melhor que o presente tem para oferecer.

No título há uma homenagem à sua mais funda raiz: na casa de Guilhermina, a sua avó, escutou os diferentes balanços que depois se impregnaram no seu âmago e dos quais durante muito tempo só escutou um ténue eco. Libertando-se das expectativas que não eram as suas, mostrando sinais de querer ser diferente – em “Valentim”, ao lado de Bonga e com Branko a produzir, ou “2020”, com Conan Osíris -, Ana voou alto com “Andorinhas” e mostrou um outro aroma musical com “Jacarandá” e “Agarra em Mim”, operando uma radical transformação: na postura, no visual, na forma como se apresenta e lida com o seu público.

Ana Moura mistura o fado e o semba, a morna e a kizomba, o samba e o choro, o morro e a pista, o passado e o futuro e num alinhamento com quase duas dezenas de títulos em que se encontram alguns reveladores interlúdios que funcionam como pontos cardeais do seu percurso.