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Lançamentos

Capa Final1

19,2k

Mike11 lança hoje o seu álbum de estreia: “19.2K”. O título remete-nos para os quilates do ouro português mas não só: com este trabalho, Mike11 quer enaltecer a guitarra portuguesa como o mais precioso dos metais. É o instrumento cujo som do dedilhar lhe é tão familiar que nos soa a lar.

Mike11 cresceu a ouvir Hip Hop e R&B mas foi no mundo do Fado que a sua carreira começou. Sob a tutela de Arménio de Melo, foi na guitarra portuguesa que se procurou. Começou a viver de noite, nas casas de fado: em 2012, foi premiado como revelação na guitarra portuguesa nos Prémios Amália e, aos 14 anos, já tinha pisado todos os palcos mais relevantes ao lado de grandes vozes, como Mariza. Mas quis avançar: do fado, trouxe a linguagem e a tradução do sentir, o ensinamento da abertura que o peito precisa de ter à música, sempre na busca de se encontrar. Levou tudo o que sabia para uma temporada nos Estados Unidos, onde aprendeu, cresceu e produziu várias faixas, nomeadamente, em 2017, trabalhou com o icónico produtor Scott Storch (vencedor de 8 Grammys) e lançaram juntos o single “My Tata”, com o clássico Jeremih.

O lançamento do seu primeiro álbum foi sendo adiado até que a sua identidade estivesse sólida. Mike11 entendeu que, enquanto artista, não tinha de escolher: podia colocar tudo o que tinha, tudo o que era, em todas as canções. Assim, torna-se num artista que funde a tradição portuguesa — através da guitarra portuguesa e da guitarra clássica — às melodias do R&B, cantando para dar voz aos seus instrumentais. Toca, produz e escreve, procurando sempre o equilíbrio entre a leveza e o significado.

Nas 15 faixas que compõem este projeto, há um perfecionismo urgente que o afasta de um álbum experimental e o coloca no patamar de aceitação de uma identidade. No princípio, no meio e no fim, está a mais pura convicção de que a junção de vários estilos musicais — o lugar utópico onde o R&B nunca viveu sem a nossa guitarra — só poderá ser o estilo mais rico, só poderá ser o ouro. É um disco devido e vivido, um trabalho de maturidade e coesão, um suspiro de encontro. Esta nova sonoridade, única porque pessoal, fala de família e de coração, do amor às canções de amor, do amor ao amor. É música ouvida no carro, nas ruas de Lisboa percorridas pela noite adentro, com a memória a passar pelas janelas.