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Tozé Brito (de) Novo: uma Jukebox para o Futuro
Imaginando o passado como uma jukebox (e não é difícil tendo a memória como fiel companheira) a máquina vai obrigatoriamente disparar o nome de Tozé Brito.
Muitos saberão um punhado das suas canções de cor, outros soltarão um esgar de espanto dizendo: “esta também é dele?!”. São muitas. Parte da história do país podia ser contada pela sua mão em canções e refrãos. Das Doce a Vítor Espadinha, de Simone a Carlos do Carmo, de Ana Moura ao Quarteto 1111.
Tozé Brito conseguiu reforçar um ecletismo onde o preconceito nunca teve lugar e a canção se revela inteira e devoradora do tempo. Ficou até hoje. É evocada nos festivais, pode ser celebrada em karaokes.
As canções de Tozé Brito já são maiores do que a sua vida e teimam em acompanhar a nossa enquanto aqui estivermos e até depois.
Muitas vezes menosprezado o valor da canção pop (ligeira), ela emerge dos nossos dias para lembrar que só permanece o relato da verdade: do que sentimos, do que vivemos. Do que foi embrulhado também em canção feita alegria ou até fado.
Aquando desta homenagem (por altura dos seus 70 anos em 2021) pensámos em ir à jukebox e deixar ecoar algumas das muitas canções que escreveu. Só falam de amor, mas pedem-nos para ele voltar.
Tozé Brito (de) Novo, correndo o risco de deixar canções e artistas muito válidos de fora, quis homenagear o autor e todos os que perpetuaram o seu valor ao longo de décadas.
Fizemos um disco feliz que o lembra e que reforça a importância de um inegável fazedor de canções.
A jukebox agita-se agora perante a novidade de ter o passado revisto, ajustando-se ao novo formato.
Dizem que o mundo é dos que se sabem adaptar.
Não temos dúvidas de que Tozé Brito sempre foi um homem do futuro.
Ana Bacalhau, António Zambujo, B Fachada, Benjamim, Camané, Catarina Salinas, Joana Espadinha, Miguel Guedes, Mitó, Samuel Úria, Selma Uamusse, Rita Redshoes, Tiago Bettencourt, Tomás Wallenstein
Produção musical e arranjos: Benjamim e João Correia
Ideia original e produção executiva: Inês Meneses
Arte gráfica: Tó Trips